Página de divulgação das ações da Secretaria de Cultura do município do RIO GRANDE RS.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ATELIER LIVRE CONSOLIDA A OCUPAÇÃO CULTURAL NO MERCADO PÚBLICO




Desde a sua reabertura, em abril deste ano, o Atelier Livre do Mercado tem crescido. Não apenas de tamanho, com a reorganização dos seus espaços, cresceu o número de artistas que frequentam o local e de alunos e alunas que participam das oficinas. O Chalé 7 do Mercado Público Municipal transformou-se em um espaço de formação em artes visuais da Secretaria de Município da Cultura, um local sustentável, onde irradia cultura e produção artística, ocupado por artistas e coletivos. 

Com uma programação variada, para todas as idades e para todos os gostos, o espaço caiu nas graças da população rio-grandina, conquistando um público fiel que de segunda a segunda participa das oficinas. Nas segundas-feiras o Atelier é ocupado pelo público geek, crianças e adolescentes, que apreciam a arte e a cultura japonesa e usufruem do curso de mangá, ministrado pelo ilustrador Luiz Lekston. Graduado em Artes Visuais – Licenciatura, o rio-grandino atua como freelancer, tendo participado de diversas publicações internacionais. 

O encontro harmônico entre a água e a tinta, através da técnica da aquarela é o tema da oficina realizada nas terças-feiras, com o também rio-grandino Rudnei Alves. Portuário aposentado, Alves dedica-se às artes plásticas há mais de 20 anos, muito embora a intimidade com o lápis e o pincel venha da infância. “A localização do Atelier, nas imediações do cais e do Centro Histórico do Rio Grande, é um privilégio e uma grande inspiração para qualquer artista”, afirma. 

As quartas-feiras é dia de arte do barro no Atelier, com oficinas de cerâmica ministradas pelo artista, designer e oleiro catarinense, Fábio Orleans, mais conhecido como Duke. A ocupação cultural neste dia não fica restrita aos artistas locais. Waldo Gouveia, professor de Artes Visuais da rede municipal de ensino, desloca-se toda semana, da vizinha Pelotas, para usufruir do espaço e produzir suas peças. “A grande maioria delas representam a identidade e os laços afetivos que construí nesta cidade portuária”, diz. Segundo ele, não há espaço igual ou semelhante na capital nacional do doce.

Às quintas-feiras o Atelier recebe uma série de artistas que desenvolvem um trabalho articulado de artesanato e demais artes relacionadas à valorização da cultura negra. Os trabalhos são coordenados pela Profa. Ingrid Costa, a partir de uma parceria da Secretaria de Município da Cultura com o Projeto Boneca Africana Rana e da Ong Águas do Sul. Neste dia, são oferecidos à comunidade oficinas de bonecas abayomi e com a temática de orixás que representam o sincretismo da cultura e da religião brasileira e oficinas de decoração de pratos, que remetem à ancestralidade da cultura afro, ministradas pela Professora Fátima Ramalho. O espaço foi ocupado ainda para a realização de um curso de capacitação de lideranças negras e diversas atividades alusivas ao Novembro Negro, como o lançamento do livro do acadêmico da Universidade Federal do Rio Grande Rodrigo da Rosa Pereira “Perspectivas femininas: Afro-brasileiras em Cadernos Negros (contos).

Nas sextas-feiras, o Atelier recebe mais um artista rio-grandino, Paulo Farias, que compartilha todo o seu conhecimento sobre entalhe em madeira em mais uma oficina. De quinze em quinze dias o espaço é disponibilizado para acadêmicos de universidades brasileiras e estrangeiras, que realizam o projeto “Café debate Intercultural”, que visa estreitar a relação entre os rio-grandinos e os estrangeiros que residem na cidade. O local é transformado em um espaço de convivência e de intercâmbio de diferentes culturas, com o foco na amizade, na troca de experiências e na realização de debates e tem o acompanhamento do professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande, Alfredo Martin.O espaço ainda é ocupado por dezenas de artistas plásticas da cidade, que aproveitam o local para pintura e exposição dos seus trabalhos.
 
Carlos Kunde, Técnico Superior em Artes Visuais e servidor responsável pela gestão do Atelier, destaca a evolução do local em 2017. De acordo com ele, a intensa participação registrada neste ano deve-se ao sentimento de pertencimento dos artistas, na sua maioria rio-grandinos. “Alguns deles não tinham um espaço adequado ou careciam de uma estrutura maior para desenvolver as suas atividades. No Atelier, se sentem em casa, ensinando ou produzindo suas peças”, diz.

Kunde destaca, ainda, uma novidade que tem agradado os mais diversos públicos: a instalação de uma biblioteca especializada em artes visuais, com livros, publicações e obras de diversos artistas da área. Outra novidade é uma Gibiteca, com títulos variados das personagens da Marvel e da DC Comics, inclusive, com alguns exemplares raros. As consultas são locais e podem ser realizadas no horário do expediente.

O secretário de Município da Cultura, Ricardo Freitas, salienta que o Atelier Livre do Mercado é uma demanda da classe artística do campo das artes e que surgiu na realização da primeira edição do Fórum Municipal de Cultura, em abril de 2015. “Antes mesmo da construção e, posterior aprovação, do Plano Municipal de Cultura, o equipamento já estava em pleno funcionamento tornando-se um polo gerador de novos artistas para a cidade. Além disso, o Atelier valoriza ainda mais um patrimônio cultural da cidade do Rio Grande, que é o Mercado Público Municipal”, argumenta.

O Atelier Livre do Mercado funciona de segunda a sexta-feira, no Chalé 7 do Mercado Público Municipal. As oficinas são realizadas regularmente, algumas divididas em módulos, e não necessitam de pré-requisitos. As inscrições podem ser realizadas no local.




















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